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F&A – Finanças & Atualidades: O governo Temer e a falta de notícias

A falta de notícias define muito bem a situação do país nas últimas 2 semanas.

Depois de um processo de impeachment desgastante e uma série de embates diários nas ruas, nas redes sociais e basicamente em qualquer lugar onde se reúnam 2 ou mais, definiu-se pelo afastamento da então Presidente Dilma Rouseff. Se isso é bom ou ruim, deixo ao leitor julgar mas esperava-se, ao menos, uma mínima mudança na postura do governo.

A nova equipe econômica, na minha opinião, é uma das melhores que já tive notícias no país. A agenda de reformas soa muito agradável aos ouvidos de quem prefere um Estado menor e a redução de ministérios. Mesmo que seja um gesto mais simbólico, parecia ser o anúncio de uma série de medidas coerentes com as promessas anunciadas mesmo antes da confirmação do afastamento da Presidente.

Mas de repente… parou. Que ninguém venha me dizer que ficaram presos na discussão sobre o Ministério da Cultura porque esse é um assunto muito mais para buteco do que para o dia a dia do Planalto. Nem me venham falar que o Meirelles está desenhando as suas medidas ou estruturando sua equipe. Passaram pelo menos os últimos 2 anos dando a “receita do sucesso” e agora estão demorando para implementá-la.

Temos hoje uma população cansada, um empresário desiludido e uma economia desgastada. Se alguma esperança nasceu dos fatos recentes, o momento deveria ser de não deixá-la morrer, agir rápido. Pró ou contra governo Temer, seria de admirar qualquer agilidade em implementar medidas que visem a recuperar a economia até porque mesmo os defensores da Presidente Dilma estão sofrendo com a crise e seriam muito alentados, mesmo que o negassem, caso melhorias decorrentes do aumento da confiança de consumidores e empresários repercutissem em um mínimo aquecimento do mercado e do emprego.

De todo, a única boa notícia que o governo interino trouxe até agora foi a volta do Ministério da Cultura. Não porque acho que ele seja fundamental para termos um incentivo à Cultura adequado, mas porque vimos um Presidente reconhecer uma demanda e mudar de posição pela primeira vez nos últimos 6 anos.

 

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Lucas Radd, CFA (Chartered Financial Analyst), é sócio-fundador da WG Finanças Pessoais

 

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