vida financeira saudável

F&M: Finanças & Mulher – Como manter uma vida financeira saudável

Assim como para emagrecer todos sabem que é preciso fazer dieta e exercício físico, é consenso que para buscar uma vida financeira equilibrada alguns passos são fazer um orçamento, listar receitas e despesas, anotar e controlar gastos, poupar.

Entretanto, falando pela minha experiência com os nossos clientes, apenas isso não basta. Claro, essas são ferramentas fundamentais, mas para que o equilíbrio seja duradouro, precisamos rever alguns pontos que estão por trás de tudo.

Decidi então listar alguns itens, que acredito serem cruciais para começar uma mudança real de comportamento e uma vida financeira saudável no longo prazo.

Entenda seus motivos

Cada um tem uma razão para, em algum momento, se desequilibrar financeiramente. O importante é se tornar consciente desses motivos e aceitar a responsabilidade desses erros. O segundo passo é deixar bem claro o que poderia ter sido feito para evitar que ele acontecesse.

Os casos mais comuns são:

  • Algum imprevisto aconteceu e você não tinha reserva de emergências. Exemplos: um familiar adoeceu e precisou de ajuda; alguém que contribuía na conta das casas perdeu o emprego. Nesse caso, o foco principal deverá ser formar uma reserva que o ajude em momentos parecidos;
  • Falta de planejamento financeiro. Aqui, as coisas não acontecem sem querer, mas são mal planejadas. Exemplo: compra de imóvel, veículo ou até mesmo uma viagem sem analisar se todos os custos embutidos naquela escolha cabem dentro do seu orçamento. O normal aqui é a pessoa projetar um cenário otimista demais e contar com coisas que ainda não são certas (alugar o apartamento assim que ele for entregue; esquecer que veículos demandam manutenção, IPVA, estacionamento; que a fatura do cartão de crédito da viagem será paga com o bônus que você talvez venha a receber, etc). Aqui, é preciso ser realista e ver o que de fato pode ser feito, sem contar com o “ovo dentro da galinha”. Falamos um pouco sobre esse viés de otimismo aqui;
  • Desequilíbrio emocional. Muitos descontam suas frustrações comendo, outros comprando. Se esse for o seu caso, faça terapia! Encontre outras formas de tratar seus problemas, e mudar a sua relação com o consumo. É preciso ter consciência de que comprar quando está triste ou frustrado não vai resolver nada. Pelo contrário: quando a conta chegar, vai piorar tudo.

Se interesse pelo assunto

Começar a poupar fica bem mais fácil quando você entende que ter dinheiro e fazê-lo render pode ser um desafio estimulante. Para isso, comece a ler sobre o tema. Alguns livros famosos, como “Pai Rico, Pai Pobre”, “Segredos da Mente Milionária” e “Casais inteligentes enriquecem juntos” têm dicas preciosas para desenvolver a sua inteligência financeira.

A partir do momento em que você der importância ao tema e estudar formas de lidar melhor com seu dinheiro, vai perceber o amadurecimento natural na sua relação com ele.

Estipule metas

Para um chocólatra conseguir resistir a um brigadeiro, ele precisa ter muito foco e lembrar que é preciso fazer isso caso queira emagrecer. O mesmo acontece com o dinheiro: porque alguém não vai comprar alguma coisa que amou, se tem o dinheiro para isso sobrando na conta? A maioria das pessoas precisam de um motivo maior como incentivo, chama-se viés do imediatismo.

Uma boa opção é planejar a viagem dos sonhos, aquele curso ou tratamento/cirurgia que você quer fazer há um tempão, a troca do carro, aquela reserva que te dará tranquilidade caso algum imprevisto aconteça. Veja aqui como planejar suas metas.

Em seguida, tente imaginar como você se sentiria ao realizar cada um desses desejos porque conseguiu economizar e não se endividou por isso.

Essas metas (que devem ser importantes para você) e essas sensações devem ser acionadas para que você tenha motivação em se planejar e ajudar na missão de guardar dinheiro.

Busque o equilíbrio

É difícil encontrar alguém que consiga controlar cada centavo que ganha, e economizar tudo que pode. Então caso tenha algum projeto que demande guardar mais e fazer esse controle à risca, busque um equilíbrio nos gastos que te dão prazer.

Ao invés de ir pro trabalho todos os dias de taxi, se dê 2 dias assim e utilize mais o metrô. No lugar de fazer unhas toda semana, alterne para 15 em 15 dias. Se gostar muito de restaurante, não abra mão dele mas estabeleça apenas 2 ou 1 dia no mês para fazer isso.

Se o ato de economizar significar privação total de tudo que você gosta, dificilmente esse planejamento será mantido por muito tempo.

 

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Emanuella Xavier, CFP® (Certified Financial Planner) é sócia da WG Finanças Pessoais

 

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