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O Financiamento Imobiliário dentro do Planejamento Financeiro

Quase 100% dos clientes que nos procuram envolvem de alguma forma a preocupação com a compra ou quitação de seu imóvel residencial dentro do seu planejamento financeiro. O consultor percebe muitas vezes que o imóvel, não raro, é a principal preocupação, superando assuntos como aposentadoria, investimentos, seguros e previdências.

Mas o mais impressionante é como mesmo sendo uma preocupação tão grande, os imóveis e financiamentos imobiliários conseguem ser tão mal planejados e geridos.

Acredito não ser novidade para ninguém que a Caixa Econômica Federal é a instituição com taxas mais baixas no mercado. E acredito também que seja de conhecimento público que há uma política de incentivo ao financiamento de imóveis (isso ficou claro com a série exaustiva de propagandas com a Camila Pitanga que já se tornou assunto em qualquer roda de amigos ou familiares - sempre criticando, como de costume).

Mesmo assim, ainda é a grande maioria que chega até nós com financiamentos em outros bancos com taxas de juros muito superiores às praticadas pela CEF e quando questionamos o porquê, a resposta é sempre a respeito da burocracia, dificuldade de atendimento ou relacionamento próximo a alguém em outro banco. Essa justificativa é muito aceitável se estivermos falando de abertura de conta, aquisição de cartão de crédito e até um empréstimo de um valor relativamente baixo. Mas para a aquisição de um bem de valor superior a 200 mil reais em um financiamento que fará parte da vida por até 35 anos isso é inadmissível.

Hoje as taxas da CEF giram em torno de 9% a.a. para quem não tem relacionamento com o banco (por relacionamento entende-se conta aberta por no mínimo 6 meses) e chegam a 7,5% a.a. para aqueles que já possuem vínculo. Em bancos privados e até mesmo no Banco do Brasil essas taxas alcançam entre 10% e 13% a.a. Não há burocracia ou morosidade (muito menores que no passado) que justifiquem ignorar essa diferença. Observe que a diferença máxima chega a ser equivalente ao rendimento da poupança.

A pergunta que fica é: Qual a explicação para se reclamar tanto da queda do rendimento da poupança quando se ignora spreads de juros equivalentes na hora de se contratar um financiamento? Esse rendimento parece não estar fazendo falta.

Lucas Radd - economista e sócio da WGFP, planejador financeiro pessoal CFP® e gestor de carteiras CGA pela Anbima

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